As belas cidades de Luís Correia e Parnaíba no litoral do Piauí, foram palco para dois grandes eventos científicos de caráter nacional, o "III Workshop da Rede Nanobiomed" e o "I Simpósio de Nanotecnologia do Nordeste". Estes encontros foram destinados a estudantes, pesquisadores e profissionais atuantes ou interessados em nanobiotecnologia nos seus mais variados aspectos. O Evento marcou o terceiro encontro da Rede de Nanobiomedicina da CAPES, sendo a primeira vez que ocorreu fora do Estado de São Paulo, no período de 02 a 07 de Junho de 2012 em nossa região.
Na cerimônia de abertura, ainda na noite do dia 02/06, os participantes tiveram a honra de receber o representante do Ciências Sem Fronteiras do CNPq, maior programa da história do Governo Federal que envolve a capacitação de profissionais no exterior.
Além da brilhante palestra ministrada pelo Dr. Valtencir Zucolotto sobre os avanços e desafios da Nanomedicina, o primeiro dia do Simpósio de Nanotecnologia do Nordeste, dia 06 de junho, foi marcado também pelas apresentações dos professores Dr. Frank Crespilho e Dr. Giovanny Rebouças Pinto. Ambos elogiaram a iniciativa da realização do I Simpósio de Nanotecnologia do Nordeste e falaram da importância do trabalho de pesquisa na região.
A premiação da sessão de painéis contou com a presença do colaborador do Biotec, Dr. Josué de Moraes (Butantan e Vigilância Sanitária de SP), na foto entrega menção honrosa à aluna de mestrado Fernanda, aluna da UFABC, que obteve premiação com o trabalho envolvendo "Biossensores para detecção de glicose em sistemas de mamíferos".

Sobre o seu trabalho, a aluna Fernanda explica: "A miniaturização de
dispositivos eletrônicos possibilita a detecção de substâncias
com muita eficiência. Também, o desenvolvimento de novas técnicas de
manipulação e fabricação de eletrodos em dispositivos eletroquímicos, com
plataformas cada vez mais sensíveis e seletivas, permite aplicações em biossensores
amperométricos, biochips implantáveis e eletrodos em biocélulas a combustível.
Diferentemente das convencionais células a combustível que atuam com catalisadores
metálicos, as biocélulas a combustível empregam biocatalizadores (enzimas ou
microorganismos) para acelerar a conversão de energia química em elétrica. Por exemplo, o uso de combustíveis renováveis como glicose vem sendo amplamente aplicados em biocélulas.
Uma grande vantagem desse combustível é que ele é facilmente encontrado no
sangue de organismos vivos. Geralmente a concentração de glicose no sangue está
no intervalo de 3 a 8 mmol L-1 e o gás oxigênio em aproximadamente
45 µmol L-1. Isso possibilita o desenvolvimento de biocélulas a combustível de glicose/O2
para implantáveis. Nesse trabalho, eu apresentei o funcionamento de uma biocélula a combustível de glicose/O2
implantada por via intravenosa em um rato vivo, com auxílio de um cateter. Também, mostrei novos caminhos para
melhoria de sistemas bio-integrados em eletroquímica, apresentando a
possibilidade para explorar novos componentes de eletrodos para maximizar a
eficiência dos dispositivos implantáveis. "