segunda-feira, 8 de abril de 2013

Manipulação de Micropartículas Isoladas

Pesquisas apontam que partículas de óxido de ferro com propriedades ferromagnéticas possuem um grande potencial no tratamento de várias doenças, como o câncer. Com auxílio de um campo magnético, essas partículas podem ser direcionadas para uma região afetada do corpo humano e, em seguida, uma quantidade de fármacos é liberada, tendo como alvo a grande maioria das células cancerígenas. Comparado aos tratamentos convencionais, os efeitos colaterais são reduzidos significativamente quando o tratamento é empregado somente em uma região específica do corpo. Um aspecto interessante é a possibilidade de se empregar uma única partícula revestida com fármacos que atinjam somente as células cancerígenas, garantindo mais eficiência no tratamento. 
Visualização microscópica de uma micropartícula direcionada
por ação de um campo magnético para dois estados,
 em cima da gota (off) e para baixo da gota (on).
Entretanto, a manipulação de partículas individuais, principalmente quando estas são empregadas em escalas reduzidas, ainda é um grande desafio para a ciência. Recentemente, os alunos de Doutorado Vitor Nunes, Kamila Pagnocelli e Francisco Arcanjo, do grupo de BioEletroquímica e Interfaces, deram  uma grande contribuição nessa área, pois demonstraram a micromanipulação  de uma única partícula magnética de 120 µm, tamanho significativamente menor que a espessura dos vasos sanguíneos. Neste estudo, eles mostraram as propriedades eletroquímicas da micropartícula revestida com azul da Prússia por técnicas eletroquímicas convencionais. Utilizando processos de micromanipulação, uma única partícula foi isolada e manipulada em uma gota de líquido. 

O trabalho Single Microparticle Applied in Magnetic-Switchable Electrochemistry, foi publicado na revista Electrochemistry Communications.


Para assistir o vídeo sobre micromanipulação, clique aqui. 

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